O Prefeito Ferrari de Missal recebeu recentemente o Cacique da Aldeia Tekoha ara Poty mirim, Lino Cesar Cunumi Pereira, para tratar sobre diversos assuntos pertinentes a instalação da aldeia no município. O objetivo foi comunicar oficialmente ao poder público sobre a instalação de cerca de 25 famílias indígenas, o que representa mais de 100 pessoas.
Além deste primeiro contato entre as lideranças indígenas e poder público municipal, foram tratados assuntos sobre a estrutura básica necessária. Entre os assuntos abordados, questões relacionadas ao atendimento da saúde, na educação, temas como o foco na Agricultura Sustentável, prática adotada pelos indígenas, bem como, convênios e principalmente questões relacionadas ao abastecimento de água.
O Prefeito de Missal, Adilto Luis Ferrari, afirmou que novas reuniões devem ser agendadas em breve. “Vamos nos reunir com representantes da Itaipu Binacional, para que a infraestrutura básica seja garantida aos indígenas”, pontuou. “De momento, vamos atuar para garantir a dignidade dos integrantes da aldeia, visto que estas demandas não estavam previstas no nosso orçamento”, ponderou Ferrari.
Participou do Encontro o técnico do CAPA (Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia), Erison de Jesus Moreira, Assessor de projetos (FLD programa CAPA) o representante da Comunidade que faz a intermediação, Marcos Altair de Moura (Marquinhos), o Corretor de imóveis que intermediou a venda do terreno, Miro e o vice-prefeito de Missal, Chenho.
A avaliação da terra foi realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), adquiridas pela Itaipu Binacional para demarcação de áreas destinadas a comunidades indígenas no oeste do Paraná. Em Missal, foram adquiridos cerca de 86 Alqueires na Fazenda Amorim, região próxima a Linha Jacutinga.
Foram realizadas análises sobre cada propriedade, trabalhos cartográficos e avaliação de campo em áreas previamente identificadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A avaliação das terras é uma etapa prevista no acordo de conciliação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março deste ano.
O entendimento autoriza a Itaipu Binacional a comprar, em caráter emergencial, 3 mil hectares de terras para atender as comunidades indígenas afetadas pela construção da usina hidrelétrica. O valor destinado para a compra das áreas é de até R$ 240 milhões, recurso disponibilizado pela própria Itaipu.
